segunda-feira, 27 de abril de 2009

Amante Indefinido

Acho que seus olhos são castanhos, não sei. Na verdade eu não conheço nada de você. Nunca nem sequer ouvi sua voz. Não sei como é o seu "bom-dia". Nem o que você pensa sobre o mundo. Queria saber se prefere o frio ao calor. Queria saber tanta coisa!
Eu tenho passado muito tempo pensando em você. E cada vez tento atribuir mais um detalhe seu a minha lista. Sou uma pequena detetive. Sou muito curiosa quando se trata de você.
Poderia ficar horas olhando você com seus fones de ouvido, trocando de música e sorrindo às vezes.
Você sorri pouco, e eu gostaria de saber o por quê.
Não sei se eu me apaixonei por alguém que nem sequer conheço. E se isso não for ridículo, pode ser poético. Mas que você tem um ar fascinante, ah se tem. Deixa qualquer mocinha como eu maluca.
Todo dia eu tento reunir coragem para ir falar com você, mas por você ser todo assim, fascinante, me intimida. Você me deixa com medo de mim mesma. Você me faz querer explodir em mil pedacinhos, cara. Isso não se faz!
E olha que eu tenho sido uma boa menina... Tenho cumprido com todas as minhas obrigações.
Às vezes você resolve brincar comigo, não sei porque. Lança uns olhares, e um sorriso torto só pra me deixar ainda mais confusa e idiota. Eu me sinto uma idiota do seu lado. Você parece ser um passarinho. Sim, patético. Mas sempre que te imagino, penso logo em pássaros. Sabe, é que você não entende o que talvez você possa significar pra mim... Um amigo, ou sei lá. Você me dá uma sensação de liberdade, e olha que eu nunca nem falei com você.
Sabe do que eu tenho medo? De um dia criar coragem e finalmente ir falar com você, meter a cara à tapa mesmo, e... E você não ser tudo isso! Poxa, eu nem te conheço! Ou você ser tudo isso, e eu enjoar. Porque coisas legais e acessíveis se tornam chatas. Não quero que você se torne uma coisa chata. Eu quero ser sua amiga. Não sei o que fazer...
É complicado, ainda mais se tratando de uma pessoa como eu, meio maluca. Meio instável.
Espero chegar à uma conclusão logo. Porque você está me deixando cardíaca...

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Sentido?

Amor? Será que essa coisa realmente existe? Durante séculos as pessoas ficaram se perguntando e filosofando sobre esse sentimentozinho.
Para mim, a partir do momento em que eu tomei conhecimento do que seria o amor, a minha tranquilidade foi para o espaço.
Eu sempre fico revirando meus pensamentos tentando entender o porquê das pessoas estarem sempre em busca de viver um grande amor, e quando surge alguém para se amar, simplesmente não lhe dão oportunidade. Será que você não entende que o amor nunca vai existir se ele não for cultivado?
É tão idiota imaginar que o amor vai cair do céu, e que vocês irão ser felizes para sempre. As coisas não são um conto de fadas. É lógico que eu acredito que só nos interessamos por aquelas pessoas que nós sentimos um certo "click", mas você já parou pra pensar em quantas pessoas você poderia ter sentido isso, se não fosse a sua burrice? É, burrice sim, porque só alguém realmente burro desperdiça a chance de ir atrás de alguém que sentiu alguma coisa.

Deixar ir embora por medo de quebrar a cara é a coisa mais babaca que existe.

Agora, relendo esse texto que eu escrevi, penso como sou uma hipócrita. Eu já desperdicei tantas chances de viver alguma coisa com alguém por preguiça, medo, insegurança. Eu normalmente ando deixando as coisas de lado, acabo acreditando que tudo que eu vivo não é real, que eu não sou real, que eu não existo. Penso que não devo deixar as pessoas perderem seu tempo com uma alguém que nem sabe o que é, quem é. Eu gostaria de pelo menos saber que não sou nada. Nem isso eu sei. É um vazio complicado de lidar, e com isso vem uma carência enorme de ter esse vazio preenchido comigo mesma. Pois eu sempre acreditei que depositar felicidade nas mãos de outra pessoa é a maior burrice que pode ser feita por uma pessoa lúcida. Você tem que acreditar em si.

Apesar de eu não acreditar muito em mim, eu sempre optei em me levar em consideração. Seria tão mais fácil se eu tivesse meus nós-internos desfeitos. Eu mesma criei labirintos em mim, não consigo me encontrar mais. É complicado escrever sobre essas coisas, ainda mais quando eu imagino que alguém chegará a ler o que eu ando pensando. É tão constrangedor pensar que talvez as pessoas leiam isso e pensem que eu sou uma tapada total, que nem sabe o porquê está no mundo e fica querendo dar conselhos para os outros. E isso é verdade, eu concordo. Eu sou uma besta que não segue os próprios conselhos distribuídos. É o bom e velho "faça o que eu digo e não o que eu faço".

Andei reparando também que as pessoas escrevem sobre seus problemas, raramente sobre soluções. É tão mais fácil apresentar um problema do que criar uma solução para eles. E eu sei que eu sou só mais uma dessas pessoas que perdem seu tempo escrevendo sobre as coisas que as incomodam, nunca tentando descobrir uma forma de acabar com elas... Hoje eu gostaria de ser diferente, de tentar rever conceitos que eu falo, mas não faço...

Quem sabe amanhã quando eu acordar, eu não olhe o mundo com outros olhos?

terça-feira, 7 de abril de 2009

Bipolaridade? Euuuuu?

Eu me amo, mesmo sendo uma porcaria de pessoa! ahhaha

Essa merda sou eu?

Porra, pra que eu perco tempo escrevendo em um blog sendo que eu não tenho nada pra falar? Minha vida é um tédio, eu ando assistindo-a como alguém assiste um filme no cinema. Qual é a graça dos meus textos? O que eu digo faz algum sentido?
Estou de saco cheio de tudo ao meu redor, desde das pessoas, até a mim mesma. Meus amigos, na verdade não são meus amigos, meus relacionamentos são as coisas mais ridículas que eu já pude imaginar... Eu realmente sou uma piada. Uma babaca que está brincando de viver.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Conselhos de quem não sabe aconselhar.

É praticamente impossível eu ficar sem escrever. Se não for nesse blog será em algum lugar.
Estou achando melhor que seja aqui, pois tenho preguiça de escrever no papel, e confesso que adoro saber que as pessoas estão lendo o que eu escrevo. Não para me sentir a sábia e poeta, mas eu gosto de poder dividir o que eu penso com outras pessoas.
Hoje não há nenhum tema polêmico para eu comentar. Eu só gostaria de deixar um lembrete pra quem quer que venha a ler isso; nunca deposite sua felicidade nas mãos de outra pessoa, a sua felicidade é sua (pleonasmo desgraçado). A felicidade não consiste em mil amigos e festas. Quando você não está bem consigo mesmo, de nada adianta ter gente ao seu redor. A sua felicidade é você que constrói.
Ninguém vai ser feliz por você.

domingo, 5 de abril de 2009

Já dizia o Raul.

"Pra noite passar depressa
E não poder me agarrar
Noites de garras de aço
Me cortavam em mil pedaços
E no outro dia eu tinha que me remendar
E se a vida pede a morte
Talvez seja muita sorte eu ainda estar aqui
E a cada beijo do desejo
Eu me entorpeço e me esqueço
De tudo que eu ainda não entendi"

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Um post sem sentido.

Escrever ouvindo Sabbath no último volume, é um dos poucos prazeres que ainda me são permitidos nesse apartamento/prédio de merda, cheio de velhos com suas regras idiotas. É incrível como as pessoas gostam de proibir as outras de serem felizes. Minha vizinha ouve rádio F.M. no máximo, e nem por isso vou reclamar na casa dela... Aumento meu som e me tranco no quarto, e foda-se. Sei lá, às vezes eu começo a pensar em como as pessoas conseguem ser idiotas e mesquinhas. Julgam os outros pela aparência, pelo som que curte... Ninguém está mais interessada em conhecer ninguém. Meus vizinhos não sabem meu nome, mas conseguem me reconhecer e olhar com cara feia para mim no elavador porque eu sou a esquistinha que ouve música do Demo no volume máximo. Acho isso tudo tão bizarro, sério. Me deprime saber que a capacidade das pessoas em querer conhecer alguém diferente é tão limitada. O que custa dar um simples sorriso pra alguém na rua? Hein? Todo mundo sempre de cara feia, mais interessados em suas vidinhas idiotas do que com o resto do mundo. Há um milhão de pessoas lá fora afoitas para te conhecer. Ninguém sabe o que poderá encontrar, nem quem irá conhecer se nos permitirmos olhar os outros com outros olhos...



"Crazy, but that's how it goes
Millions of people living as foes
Maybe it's not too late
To learn how to love
And forget how to hate
Mental wounds not healing
Life's a bitter shame
I'm going off the rails on a crazy train"

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Cadeados.

Eu não sei qual é o motivo de eu continuar escrevendo. Escrevo sem tema, sem concordância e nenhuma veia poética. Não crio personagens, não invento mundo encantados nem sei escrever sobre fantasias. Acho meus textos tão sem-graças que são dignos de um diário de uma menina de 10 anos de idade, que preza tanto pelos seus segredos, que os mantêm trancados em um caderno com um cadeado de plástico em forma de coração.
Diferente da menina, meus segredos escritos não estão trancados em um caderninho com cheiro de tutti-frutti. Os segredos que guardo dentro de mim estão presos dentro de um cofre com os cadeados mais poderosos que já vi. Eu tento me abrir, e escrevê-los, como se fossem uma casualidade qualquer, mas não consigo. Talvez assim como a menina, quero que alguém um dia encontre a chave do meu cadeado, e leia os meus segredos.
Não é algo digno de investigações, ou crimes bárbaros. São casualidades e pensamentos aleatórios que eu tenho ao passar do dia, e que não conto para ninguém. São desejos que tenho antes de dormir, e acordo morrendo de vontade de realizá-los... mas acabam ficando só no pensamento. É aquela calcinha mais bonitinha que eu coloco pra sair em um dia que eu quero me sentir mais sexy...
Não tenho porque esconder tais segredos, mas eles me parecem tão bobos e inconfessáveis, que acabo guardando-os comigo, para sempre. Todas as vezes que remexo meu cofre de segredos, acabo enfeitando cada coisa que há lá dentro com mais um segredo que resolvo que devo guarda-lo lá.
Minha vida parece ser um livro aberto, e ao mesmo tempo eu penso em tantas coisas. Quero tantas coisas que acabo falando menos do que falaria se fosse abrir mão dos meus cadeados internos.
Ah... Como eu tenho o que falar. Queria tanto ser menos infantil e dizer o quanto gosto do perfume que você passa, e o quanto eu adoro passar a mão no seu cabelo. O quanto eu gostaria de deitar na minha cama com você...
Parece impossível um dia eu abrir mão da minha estupidez de não falar o que penso. Eu já levei muito na cara por falar demais, e me mostrar demais. Acho que isso me tornou uma pessoa retraída e imbecil. Gostava tanto de dizer o que queria, e como queria.
Não que eu seja uma submissa, mas quando o assunto é dar o primeiro passo, eu reluto em dar. Só dou quando não tenho medo de quebrar a cara.
Quando eu finalmente dou o primeiro passo, acabo deixando alguns cadeados irem se soltando devagarinho. Mas não pense que eu vou conseguir abrir esse cofre de uma vez. Demora, leva tempo, e com certeza eu ainda guardarei mil segredos comigo.
E eles vão de como eu acho o cara que compra cigarro na mesma padaria que eu o cara mais lindo do mundo, até o quanto eu gostaria de estar tirando a roupa agora e não pensar em mais nada, com você no meio das minhas pernas...

(Odeio imaginar que talvez algumas pessoas leiam isso e se associem ao texto, mesmo havendo uma enorme possibilidade de na verdade não serem elas a pessoa que aparece na minha imaginação antes de eu ir dormir hahahah)

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Criando frases aleatóriamente.

"Vou encher uma garrafa pet de poesia só pra te ver sorrir."

Tédio!

Eu não consigo dormir, e como não há nada passando na televisão e não tenho ninguém pra conversar, decidi vir aqui no blog e escrever o que vier na minha cabeça. Mas o que eu estou achando complicado é que eu não tenho nada na cabeça, não tenho nenhum tema interessante para escrever, e eu sei que eu não sou uma boa escritora.
Sei que escrevo porque é a única solução para eu não me afogar nos meus pensamentos, e também é uma forma de relembrar os pensamentos que eu já tive um dia (e como eu rio de mim mesma ao reler textos antigos...).
Nesses últimos dias eu tenho sido surpreendida por uns pensamentos estranhos, que nem eu sei ao certo defini-los, e acho que não seria muito bom tentar escrevê-los aqui no blog.